Tendo visitado 15 países e feito tantas viagens à Dinamarca, nós adquirimos alguma experiência no quesito “aeroporto com bebês”. Neste post vou tentar colocar as minhas dicas baseadas em histórias de absoluto sucesso mas também de algumas falhas épicas que quase me fizeram sair correndo do aeroporto e jurar de pés juntos que jamais iria viajar de novo.
Antes de sair:
- Antes de sair tenha certeza que está com todos os passaportes organizados em lugar de fácil acesso para que você não fique catando tudo de última hora. Lembre-se que mesmo bebês precisam de documento de viagem e vistos(dependendo do país).
- O mesmo vale para vacinas. Alguns países como a Tailândia por exemplo, exigem certas vacinas no certificado de vacinação internacional. Não se esqueça de verificar se seu filho já está na idade onde uma determinada vacina é exigida.
- Seguro de saúde: Eu sou muito tranquila e já viajei grávida e levo a Clara para todo lugar. Mas sempre checo por alto os serviços de saúde locais. Seguro de saúde de viagem é muito importante caso alguma coisa aconteça em especial, um que cubra a transferência de volta ao país de origem ou outro local que possa atender certas necessidades médicas não disponíveis no seu destino. Alguns cartões de crédito oferecem seguro de viagem quando você o utiliza para fazer as compra das passagens.
No aeroporto:
- Chegue cedo, mas não cedo demais: Eu odeio atraso e correria. Sempre chego em torno de 2 horas e meia antes do voo, o que me dá tempo de fazer todo o check-in e segurança. Lembre-se que com criança tudo demora mais! A dica de não chegar cedo demais (qualquer coisa que passe de 3 horas antes de um voo internacional) é para bebês maiores que exigem distrações pois é realmente difícil manter um bebê de dois anos entretido por muito tempo.
- E a parafernalha? A maioria das companhias aéreas permite o check-in gratuito de equipamentos de bebê como carrinhos e cadeirinhas. A Ryan Air por exemplo, que é super low cost permite o check-in de dois itens de bebê, como por exemplo, carrinho e berço de viagem ou cadeirinha de carro por exemplo.
- Carrinho ou sling?- Não se esqueça que antes de entrar no avião você certamente passará um tempinho no aeroporto. O que é melhor: carrinho ou sling/carreagador? Para bebês até um ano mais ou menos, e em especial recém-nascidos eu prefiro fazer o check-in do carrinho e ficar só no sling. Para bebês maiores, mais ativos e também mais pesados, prefiro o carrinho. Na última viagem que fiz com a Clara sozinha para a Dinamarca, tentei usar um carregador de bebê, e como ela já tinha mais de um ano, coloquei-a nas costas. No plano das ideias era ideal. Porém, eu precisava tirá-la do carregador para: entrar no táxi, passar pela segurança, entrar no avião etc. Cada vez que eu tinha que colocá-la no carregador era um escândalo!!!!! Eu cheguei na Dinamarca exausta de tanta birra. No aeroporto reparei que a maioria dos pais prefere o carrinho.
Nota importante sobre o carrinho: Em geral você pode levar o carrinho até o avião porém, na chegada cada aeroporto tem seu próprio regulamento. Em alguns como os no Reino Unido, o carrinho é devolvido já na saída do avião enquanto outros, como na Dinamarca, o carrinho é devolvido depois da imigração junto com a bagagem. Isso quer dizer que você pode acabar em uma situação onde terá que carregar a criança no colo até passar pela imigração. Poucos aeroportos na Europa tem fila preferencial para pessoas com crianças pequenas então pode ser uma jornada longa e cansativa. Nesses casos vale a pena ter o carregador como alternativa. É tralha, eu sei, mas salva a sua coluna. Rcomendo pesquisar qual é a regra do aeroporto de chegada em relação ao carrinho.
Há também aeroportos construídos por anjos que oferecem carrinhos de bebê gratuitos tanto nas partidas como chegadas. Alguns exemplos: Aeroporto de Singapura (esse aeroporto eleito o melhor do mundo tem tudo, deveria ser considerado um país independente), o aeroporto de Lisboa e o de Billund na Dinamarca.
Segurança:
- Líquidos- Para bebês não há limite de líquidos em relação à comida, ou seja, você pode levar quantas papinhas, caseiras ou industriais você quiser sem se prender ao limite dos 100 ml (Isso inclui leite materno e fórmula). Para os remédios, cremes, etc, há limite de 100 ml por garrafa. Na segurança toda a papinha passará por análise mas nada invasivo que coloque a qualidade do alimento em risco. Para cremes, shampoos, remédios o limite de 100 ml por container ainda vale.
- Carrinho/sling- Você terá que tirar o bebê no carrinho e provavelmente do sling. O sling será colocado na esteira do raio-x e o carrinho passa pelo lado de fora do detetor de metal. Um responsável passa pelo raio-x com o bebê. Alguns aeroportos permitem que se passe com sling de tecido no raio-x mas neste caso um funcionário checa com as mãos se há algo entre você e o bebê.
No avião:
- Assento- Crianças até dois anos não precisam ter seu próprio assento e podem viajar no colo dos pais. Nesse caso a companhia aérea oferece um cinto especial para bebês que fica preso ao cinto do adulto. É possível pedir o assento com acesso ao berço de viagem disponível no avião. Existem dois tipo: o bercinho e a cadeirinha. A cadeirinha pode ser usada por bebês até 15 kilos enquanto que o bercinho fica bem apertado para bebês com mais de seis meses. Esses assentos ficam sempre na primeira fileira e são portanto limitados. Nas companhias aéreas que viajamos, só é possível marcar os assentos perto do voo então não há garantia de conseguí-los. Porém, nós sempre avisamos à companhia aérea que estamos com bebê e eles tentam acomodar nossos pedido.
Também é possível e recomendável viajar com o bebê na cadeirinha do carro. Antes de fazer isso, verifique as especificações da cadeira exigidas pela companhia aérea.
Caso o bebê esteja no bercinho ou no sling, em caso de pouso, decolagem e turbulência ele deverá ser colocado no colo de um adulto utilizando o cinto de segurança infantil. Portanto, se minutos antes de voar o bebê estiver próximo de dormir, não o coloque no sling ou carregador. Entre no avião e já ponha os cintos de uma vez para evitar que ele acorde nesse tira e põe.
Bagagem de mão:
- Bolsa do bebê: O bebê tem direito à bolsa dele. Além das coisas usuais: fralda, lencinhos umidificados, lembre-se de levar mais trocas de roupa e pelo menos uma camiseta limpa para você afinal acidentes acontecem e você não quer ficar com uma roupa vomitada por 12 horas de voo!!!!! Apesar de algumas companhias aéreas disponibilizarem fraldas, não há garantia de que haverá o tamanha/marca de sua preferência, então leve extras. No avião há banheiros com trocadores.
- Agasalho: O avião disponibiliza cobertores mas eu sempre levei a mantinha da Clara além de um casaquinho pois aviões são em geral bem gelados.
- Entretenimento- Para bêbes mais velhos: Em geral as TVs dos assentos tem programas infantis contudo nós sempre levamos desenhos nos nossos telefones/tablets. Algumas companhias aéreas oferecem pacotinhos para as crianças com crayons, papel, brinquedinhos etc. Mas leve pelo menos duas distrações na bolsa. Tenho uma amiga que leva “presentes” que ela distribui no meio do voo. As vezes é um brinquedo antigo mesmo ou algo bem baratinho embrulhado para presente. A emoção de abrir algo “novo” é uma distração eficacaz. Aqui uma coisa que funciona muito é papel e lápis de cor. Apesar de haver comida no avião, vale levar lanchinhos que a criança gosta. E não se esqueça que é super seco no avião. Água/leite em livre demanda por favor!
- Comida
- Para bebês amamentados: a melhor coisa para aliviar a pressão no ouvido é amamentar! Clara nunca, nunca mesmo, sofreu com isso. Dizem que chupeta também ajuda, mas a Clara nunca gostou de chupeta.
2. Para bebês que tomam fórmula: Pode levar a fórmula no avião que os comissários ajudam a esquentar.
3. Para crianças que já comem: Os voos oferecem refeições infantis para todas as idades. As vezes há papinha de bebê a bordo mas para garantir que haverá comida para seu pequeno, faça o pedido de refeição infantil quando comprar a passagem. Uma vantagem da refeição infantil é que ela é servida antes das dos adultos então você pode ajudar seu filho a comer e depois comer sua comida em paz. Se seu filho ainda só mama, recomendo que cada responsável coma um de cada vez de forma que enquanto uma pessoa come a outra fica com o bebê.
- Remédio- Eu sou das mães que só medicam em último caso. Inclusive eu sigo a recomendação de dar remédio para febre somente se a Clara demonstrar que está com dor e já deixei ela chegar até quase 40 sem dar nada (isso é a recomendação médica ok, gente?? Não é porque eu sou má). Tendo dito isto, eu nunca ponho o pé em uma avião sem um remédio para dor/febre infantil. Nunca precisei, mas sempre esteve lá.
Estas são as principais recomendações que eu me acho mais importantes. E você, tem alguma????