A primeira viagem que fizemos à França foi em janeiro de 2017 quando a Clara tinha apenas 2 meses. Na época nós passamos a maior parte do tempo em Fontainebleau, onde fica um dos campi do INSEAD, aonde meu marido fez o EMBA dele.
Em julho do mesmo ano o Thomas teve mais um módulo do curso e então com a Clara com 8 meses nós retornamos a Fontainebleau. Dessa vez porém a viagem seria um pouco diferente. Em primeiro lugar já não tínhamos uma recém-nascida, mas uma bebê super ativa que só cochilava duas vezes por dia e precisava de rotina. Em segundo, nós não nos hospedaríamos só nós três. Ao invés de ficarmos em um Airbnb só nosso, decidimos dividir um casarão perto de onde o Thomas estudava com 15 pessoas. Apesar de vários colegas do Thomas terem família, quase ninguém levou esposas/marido e absolutamente ninguém levou filhos, apenas nós. Como eu já havia ido ao módulo de Abu Dhabi quando a Clara tinha 3 meses, eu já conhecia a turma do Thomas toda e além disso, as duas esposas que também haviam ido a Abu Dhabi, A Wendy e a Karina também estavam em Fontainebleau, ou seja, eu novamente tinha companhia enquanto o Thomas estava em aula.
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Mais uma vez, fizemos a viagem de carro, pegando o ferry da Inglaterra até a França e dirigimos até Fontainebleau. Lá como eu disse, dividimos uma casa com outros colegas do Thomas. A casa era enorme com mais de 10 quartos, sala grande, pátio e cozinha. Devido ao tamanho, era tranquilo deixar a Clara dormindo no quarto com o monitor de bebê a noite ou durante as sonecas de forma que ela ficava longe do barulho. Como ela ainda nem engatinhava, não tinha nem que prestar atenção com coisas como escadas e quinas. O dia todo era um entra e sai de aluno e a Clara acabou virando o mascote da casa. E claro, todo mundo querendo e torcendo para que ela engatinhasse porque ela estava quase lá!
O único problema na casa era o calor. Julho é verão na Europa e de fato em alguns lugares as temperaturas podem chegar à 40 graus. Porém como as casas são construídas para segurar o calor devido ao frio do inverno, qualquer calorzinho deixa a casa um forno. Estava tão quente dentro da casa que a noite eu ficava preocupada com a Clara. Um dia, acabei saindo para comprar um ventilador e por causa da onde de calor, não achava em lugar nenhum. Acabei encontrando um, caro, e comprei porque realmente não estava dando! Valeu cada Euro pois as noites ficaram muito melhores e como fomos de carro, ainda trouxemos para casa e hoje em dia ele fica no quarto da Clara.
Os dias em Fontainebleau eram muito tranquilos. Com o verão era muito mais prazeroso caminhar pelas ruas e sentar ao ar livre em um café. Eu e as outras duas esposas íamos muito ao campus do INSEAD que é enorme. Eu ainda levava um cobertor de picnic e colocava na grama para deixar a Clara brincando com as coisinhas dela. Nos intervalos das aulas, o Thomas vinha ficar com a gente.
Passado o curso do Thomas, fomos passear. Além de dois dias em Paris que passamos com amigos, fomos de carro à Épernay, conhecida como a capital do champagne!!! Imagina se eu eu não fiquei doida nesse lugar?! Na cidade é possível fazer várias provas de diferentes tipo de champagne, todos maravilhosos. “Mas você bebia amamentado?”. Sim, a resposta é que fora os três primeiros meses, quando o bebê é muito novinho, eu bebi quase nada mas depois disso, voltei a beber normalmente. Nunca tirei meu leite para jogar fora (o famoso “pump and dump) e nunca deixei de amamentar por causa de bebida pois na realidade, a quantidade de alcoól que vai para o leite é muito pouca. Como a Clara também já estava com 8 meses, não me estressei nem um pouco com isso. Eu e Thomas fomos a algumas champanherias e adegas e eu confesso que passei praticamente o dia todo bebendo champanhe de todo tipo. Além de beber o champanhe e ver de perto como é feita a produção, é possível conhecer adegas famosas como a do Moet Chandon. A maioria delas tem tours guiados as vezes em diferentes línguas durante o dia. Além disso, há as lojinhas que são bem legais.
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Como nós ficamos em Épernay apenas uma noite, optamos por ficar em um hotel mesmo ao invés de ficar em Airbnb. No dia seguinte, já a caminho para pegar o ferry parta a Inglaterra, paramos em Reims para poder fazer uma visita rápida a Catedral de Reims, que está na lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO. No final do dia, cruzamos o canal de ferry de volta para casa. Clara dormiu a maior parte do tempo no sling e a volta para casa foi bem tranquila.
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Achei a segunda viagem à França bem mais tranquila que a primeira. Em primeiro lugar, a Clara estava maiorzinha, mas ainda não estava andando (quando começa a andar, o trabalho dobra, hahaha). Ela já tinha uma rotina certinha e já dormia melhor à noite. Eu também já estava uma mãe mais experiente, pois na primeira vez que fomos a França a Clara tinha só dois meses! Por outro lado, nessa viagem ela já havia iniciado a introdução alimentar, então era preciso sempre pensar na comida dela e estando fora de casa isso já é um pouco mais complicado. Eu sou muito tranquila com essa coisas, e dei papinha pronta sem culpa. Mesmo com bebê, curti muito o passeio à Épernay e adoraria voltar. Esse ano planejamos voltar a Fontainebleau, dessa vez com uma criança de dois anos e meio que corre e fala! Prometo voltar para contar como foi!
Dicas:- Verão na Europa pode ser bem quente ainda mais que as casas não tem ar condicionado e são feitas para reter o calor no inverno. Se for ficar em Airbnb, certifique-se de que há um ventilador.
– Para quem já está com bebê em introdução alimentar, vale planejar o que será feito. Na Inglaterra há boas marcas de comida pronta, orgânica, para todas as idades mas em outros países a oferta não é tão grande. Para a idade da Clara achei papinha pronta no mercado mas não vi nada para crianças na faixa dos 12 meses já com pedaços por exemplo.
– As adegas em Épernay tem muitas escadas e fica difícil levar carrinho de bebê. Sling ou carregador são mais práticos.